Não sei se vocês já ouviram falar, mas hoje a violência está entre as maiores causas de morte no Brasil, sendo comparada a mortalidade causada pelas doenças crônicas não transmissíveis. E como todos nós sabemos, os que mais sofrem com isso são aqueles que vivem em lugares de vulnerabilidade social, como comunidades, sendo sua maioria pobres e negros.
Não é coincidência chegar no CRIAAD e notar que a maioria dos meninos e meninas são pardos ou negros. Não é coincidência!! Não podemos fechar os nossos olhos diante da realidade, não podemos nos calar com tamanha injustiça, não podemos negar que o racismo é real e que está muito mais presente no dia a dia de das pessoas como imaginamos.
O racismo é uma causa de responsabilidade social, sendo branca, amarela, parda ou negra, preciso reconhecer que o racismo é real. Entrar na luta contra essa injustiça é um papel de todos, independente da raça. É necessário quebrar essa cultura racista implantada desde a escravidão, reconhecer que há muito racismo maquiado na nossa sociedade e que não é vitimisto dizer que os negros são afetados por esse preconceito em todos os âmbitos de sua vida.
Emicida em “Eminência parda” relata um pouco do sentimento de ser injustiçado pelo racismo e de se levantar, lutar, se empoderar e resistir.
Não tem dor que perdurará
Nem o teu ódio perturbará
A missão é recuperar
Cooperar e empoderar
Já foram muitos anos na retranca (retranca)
Mas preto não chora, mano, levanta
Não implora, penhora a bandeira branca
Não cansa a garganta com antas, não adianta não
Foco e atenção na nossa ascensão
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